Eleição colombiana, um Nobel de cada lado
A pouco menos de duas semanas do segundo turno da eleição colombiana, dois prêmios Nobel de Literatura manifestaram apoio aos dois finalistas.
Sempre causando polêmica por sua proximidade com o ex-presidente Álvaro Uribe, o peruano Mario Vargas Llosa, almoçou com seu delfim político Iván Duque, que lidera as pesquisas. Depois, mostrou publicamente o autógrafo que dedicou a ele em seu mais recente livro, “La Llamada de la Tribu”, lendo-o em voz alta. “Para Iván Duque, futuro presidente da Colômbia, desejo muito êxito e dedico todo meu afeto.
Já o sul-africano J.M. Coetzee, que vem acompanhando cada vez mais os acontecimentos na América Latina por ter escolhido passar alguns meses do ano em Buenos Aires, mandou uma mensagem de apoio ao esquerdista Gustavo Petro.
Famoso por seu engajamento na luta pela defesa dos animais. Coetzee escreveu, e pediu que a mensagem fosse divulgada.
“Estou por dentro, como a maior parte do mundo, das eleições cruciais que estão tendo lugar na Colômbia. Em geral não comento publicamente a política nacional em outros países. Porém, desta vez, há um argumento poderoso que me leva a faze-lo: os animais não pertencem a nenhum país em particular, uma vez que não têm direitos como pessoas em nenhum deles. Não existe um touro colombiano, apenas um touro cuja propriedade é de um homem colombiano. Felicito Gustavo Petro pela postura que adotou frente ao trato justo e razoável dos animais e espero que logo esteja na posição na qual poderá colocar em prática os principios que vem defendendo.”